terça-feira, 29 de março de 2011

André Tokarski: "quero ver quem tem coragem de chamar a juventude de despolitizada"





Em entrevista, presidente da UJS faz balanço da Jornada de Lutas e enumera próximos desafios da entidade para 2011.
A União da Juventude Socialista foi novamente peça importante na Jornada de Lutas convocada pela UNE, UBES e ANPG em 2011. Mobilizando milhares de pessoas e encabeçando as grandes passeatas que tomaram conta do país, a juventude socialista cumpriu seu papel em prol da Educação e dos estudantes. Em entrevista, presidente nacional da UJS, André Tokarski, fala sobre a participação da entidade nas atividades da última semana e elenca os principais desafios para o restante do ano, não sem antes lembrar: "A juventude brasileira nunca faltou à luta".   

UJS: Qual o saldo geral da Jornada de Lutas para os estudantes em geral
André Tokarski: O saldo é muito positivo. Foram dezenas de passeatas em todos os estados brasileiros. A UNE organizou paralisações em mais de 100 universidades e a UBES foi fundamental na mobilização de milhares de estudantes que ocuparam as ruas das principais capitais do país. A militância da UJS foi decisiva para a realização dessas mobilizações, pois nossa turma entrou de corpo e alma nessa batalha. As conquistas também apareceram. No Rio de Janeiro, a militância da UJS, por exemplo, foi fundamental para assegurar a aprovação na Câmara Municipal do meio-passe aos estudantes universitários, uma das principais bandeiras da UEE-RJ. Em São Paulo, após a passeata, cresceu o compromisso da Assembléia Legislativa de votar a PEC do Pré-Sal, proposta pela UEE-SP e pela UPES. E em Brasília, a presidenta Dilma recebeu dirigentes da UNE, UBES e ANPG após um grande ato com a participação de mais de 10 mil estudantes. Foi um encontro histórico, nunca um Presidente da República havia recebido as entidades estudantis num dia de passeata em Brasília e, além do gesto de abertura ao diálogo, a presidenta demonstrou compromisso com mais investimentos na educação.

A grande mobilização é mais uma prova contra o discurso que aponta uma juventude de despolitizada e desinteressada?
A juventude brasileira nunca faltou à luta. Participou dos principais momentos da história do Brasil e tenho certeza que não será diferente agora. A eleição de Dilma Rousseff inaugura um novo ciclo político no Brasil, pois é o terceiro governo democrático no qual teremos possibilidades de aprofundar as mudanças iniciadas com o governo Lula. Em todo o Brasil, foram mais de 200 mil estudantes na rua. Quero ver quem tem coragem de chamar a juventude brasileira de despolitizada ou desinteressada.

Em relação à UJS, qual a avaliação da participação da entidade?
A militância da UJS dedicou muito esforço para o êxito de todas as mobilizações. Não houve uma passeata ou paralisação sem a participação da nossa militância.

Para os próximos meses, quais os principais desafios?
O ano de 2011 será de muita mobilização da juventude. Já em janeiro, UNE, UBES e ANPG reuniram mais de 8 mil estudantes no Rio de Janeiro no Coneb da UNE, Encontro de Grêmios da UBES e na Bienal de Cultura. Ali foi o ponto de partida para a convocação da Jornada de lutas e para uma serie de atividades. Sem dúvida, o grande desafio da militância da UJS para o 1º semestre de 2011 será construir uma grande mobilização para o 52º Congresso da UNE. O ponto de partida será o CONEG da UNE, que acontecerá de 8 a 10 de abril, em São Paulo. Estima-se que mais de 2 milhões de estudantes universitários participem do processo eleitoral do Congresso da UNE e, por isso, trata-se de uma grande oportunidade para renovarmos nossa participação à frente da entidade e de apresentarmos a UJS a milhares de jovens. Ainda esse ano, acontecerá também a 2ª Conferência Nacional de Juventude e o 39º Congresso da UBES.

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