sexta-feira, 13 de julho de 2012

As declarações de FHC nos EUA agradaram os ‘paladinos da democracia estadunidense’ e os golpistas do Paraguai


As declarações de FHC nos Estados Unidos agradaram os ‘paladinos da democracia estadunidense’ e os golpistas do Paraguai
No covil do império, bem ao seu gosto, o ex-presidente FHC atacou ontem o ingresso da Venezuela no Mercosul, argumentou que não houve golpe no Paraguai e criticou a exclusão dos golpistas do bloco de integração sul-americana. Fernando Henrique Cardoso foi a Washington receber o Prêmio Kluge de US$ 1 milhão da Biblioteca do Congresso dos EUA em “reconhecimento à sua obra acadêmica”.
Em entrevista coletiva, FHC afirmou que “não houve arranhão à Constituição paraguaia” no impeachment sumário de Fernando Lugo e que a deposição seguiu as normas democráticas. “Você pode discutir se houve ampla liberdade de defesa. Quem discute isso? As cortes paraguaias. O limite entre você manter a regra do jogo e a ingerência é delicado”.
O ex-presidente tucano ainda afirmou que a política da Dilma de proteger a indústria nacional é um “protecionismo” absurdo, esquecendo que em seu governo a indústria foi praticamente destruída pelo câmbio falso.
Para o partidário do “alinhamento automático” do Brasil aos EUA, a decisão do Mercosul de suspender o Paraguai foi um erro. “É sempre ruim tirar um presidente rapidamente. Mas daí a fazer uma sanção sobre o Paraguai vai uma distância grande… Mais delicada ainda é a aceitação da Venezuela, independentemente de valer a pena ou não, sem que o Paraguai esteja”.
As declarações de FHC devem ter agradado os falcões do império e os golpistas do Paraguai. Elas foram dadas no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou relatório concluindo que a deposição de Lugo se deu “estritamente conforme o procedimento constitucional”. Como se observa, os serviçais do império não morrem de amores pela democracia!

Por: Altamiro Borges

Pra gente ser feliz


Quando se é um jovem LGBTT na América Latina o maior desafio imposto todos os dias é estar vivo.
Sobreviver é a resistência mais hostil e vitoriosa. Os números alarmantes de violência a populações vulneráveis na história recente do nosso continente comprovam como o patriarcalismo, matriz de todas as opressões, ceifas vidas, oportunidades e até a nossa vida democrática, seja através do controle simbólico da nossa sexualidade com heteronormatividade em todo canto ou com a violência levada ás últimas consequências em xingamentos e ataques físicos .
Devido a luta ser por algo mínimo que é o direito à vida, muitas das vezes o movimento LGBTT na América Latina dedica-se quase que exclusivamente a lutar pela garantia da dignidade humana e contra a eliminação física, uma ameaça que infelizmente ainda está muito presente no cotidiano dessa população quanto acordar e escovar os dentes.
Ninguém será capaz de negar as vitórias alcançadas pelos LGBTT nessa nova América Latina, como a garantia jurídica de reconhecimento dos mesmos direitos de uma união estável e a aceitação da visibilidade e existência da homoafetividade, pela primeira vez com as cores de seu próprio povo, com governantes escolhidos democraticamente, oriundos de classes populares e de lutas contra a repressão que já nos assolou, com homoafetivos cada vez mais presentes e visíveis na mídia e até nas tribunas de câmaras e assembleias legislativas. Mas é preciso de mais, de bem mais na verdade se querermos verdadeiramente um continente menos violento, mais justo, democrático e com um pacto com a emancipação humana.
É necessário enquanto movimento venha a combater outras formas de violência, principalmente a psicológica e simbólica, e que a solução para a lesbofobia, transfobia e homofobia seja por uma via educacional, numa escola e universidade pública e de qualidade que zele pela laicidade e também por uma lógica inclusiva estabelecendo uma cultura de alteridade e respeito. Engana-se quem imagina que o único obstáculo apresentado será combater o preconceito no cotidiano das instituições educacionais através de estratégias de convivência entre estudantes das mais diferentes orientações sexuais e de gênero, o maior desafio será retirar a educação da gama dos privilégios para a população LGBTT, tratá-la como uma prioridade, já que o acesso a esse direito é um fomentador de cidadania, justiça, igualdade e humanismo.
Nós do grupo LAMBDA acreditamos que a desassistência educacional a qual a população LGBTT principalmente mais jovem é submetida é uma das formas de violência mais cruéis e por isso convidamos a todos a essa luta por emancipação humana, porque para ser feliz é preciso de um pouco mais do que estar vivo, é necessário cultura, educação e arte, de saída para qualquer parte .

Fonte: LAMBDA

Demóstenes adverte Álvaro: “Quem com a Globo fere…”


Quem é o novo Catão ? Aquele a quem o Demóstenes entregou a coroa ?


Um dos momentos mais reveladores da sessão que cassou Demóstenes (leia o “Em tempo”) foi quando o acusado disse:
“Advirto os mais novos: não entrem por esse caminho de ir para a TV, aparecer atacando um colega”.
Qual é a TV que abrigava as catilinárias do Catão do Cerrado ?
A Globo.
Quem o entrevistava no jornal nacional dia sim e o outro também ?
O mosqueteiro da Ética.
O inimigo implacável do PT e da Dilma.
Ele era o ventríloquo por onde vazava hipocrisia moralista da UDN.
E a Globo lhe dava palanque e prestígio em troca de pitadas diárias de Golpe.
Quem é o novo Catão ?
Aquele a quem o Demóstenes entregou a coroa ?
O Catão dos Pinhais.
Álvaro Dias aparece todo dia no jornal nacional a defender a Moral e a Ética tucana.
A Ética do Lereia, do Perillo e de Cerra, que seria inimputável.
E lá está ele a fustigar o PT e o Lula.
Todo santo dia.
Catão dos Pinhais, cuidado com a advertência do Catão do Cerrado.
Quem com a Globo fere com a Globo será ferido.
Em tempo: Demóstenes teve 24 votos – 19, mais 5 abstenções. Para quem não mereceu um único discurso de apoio no plenário, 24 votos é uma enormidade ! Ou seja: uma coisa é dar declaração ao jornal nacional. Outra, votar secretamente. Por fora, são todos da Ética ! Por dentro …
Em tempo2: comovente foi a reportagem de 58 minutos do jornal nacional sobre o obscuro prêmio que o Farol de Alexandria recebeu nos Estados Unidos. E onde aproveitou para praticar um esporte de sua predileção: falar mal do Brasil aos americanos. Sem o PiG (*), esses tucanos de São Paulo não passavam de Pinheirinho.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


Por: Paulo Henrique Amorim

PCdoB divulga dados sobre crescimento eleitoral


Reunido entre os dias 7 e 8 de julho, o Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) aprovou resolução política em que define as tarefas partidárias para as eleições municipais de 2012 em todo o país. O órgão máximo da direção comunista reafirmou a relevante dimensão política do pelito que decidirá o destino dos municípios brasileiros. O CC lembrou ainda a influência do resultado deste ano nas eleições gerais de 2014.

“Consciente da envergadura do pleito, o PCdoB tem-se empenhado para elevar sua participação nesta disputa. Tem clareza de que isto o tornará mais conhecido do povo, bem como suas ideias e lideranças”, afirma a resolução política aprovada durante a reunião.

"Realizadas as convenções, oficializadas as candidaturas, o balanço indica que o PCdoB obteve um resultado promissor na formação de seu projeto eleitoral. Um projeto ousado, competitivo e desafiador. O Partido realizou convenções em cerca de 2.100 municípios, nos 26 estados. Foram homologados 225 candidatos e candidatas próprios às prefeituras, 180 candidaturas a vice e mais de 10 mil candidaturas às câmaras municipais".


Entre as candidaturas às prefeituras, seis são em capitais e 25 em cidades-polos regionais. Outras 70 são relevantes no âmbito das realidades estaduais e significativas para a acumulação de forças do Partido.

Acompanhe abaixo três planilhas sobre a participação do PCdoB nas eleições desse ano:









Borges: FHC vai aos EUA receber US$ 1 milhão e defender um golpe

No covil do império, bem ao seu gosto, o ex-presidente FHC atacou nesta terça-feira (10) o ingresso da Venezuela no Mercosul, argumentou que não houve golpe no Paraguai e criticou a exclusão dos golpistas do bloco de integração sul-americana. Fernando Henrique Cardoso foi a Washington receber o Prêmio Kluge de US$ 1 milhão da Biblioteca do Congresso dos EUA em “reconhecimento à sua obra acadêmica”.

Por Altamiro Borges, em seu blog

Em entrevista coletiva, FHC afirmou que “não houve arranhão à Constituição paraguaia” no impeachment sumário de Fernando Lugo e que a deposição seguiu as normas democráticas. “Você pode discutir se houve ampla liberdade de defesa. Quem discute isso? As cortes paraguaias. O limite entre você manter a regra do jogo e a ingerência é delicado”.

O ex-presidente tucano ainda afirmou que a política da Dilma de proteger a indústria nacional é um “protecionismo” absurdo, esquecendo que em seu governo a indústria foi praticamente destruída pelo câmbio falso.

Para o partidário do “alinhamento automático” do Brasil aos EUA, a decisão do Mercosul de suspender o Paraguai foi um erro. “É sempre ruim tirar um presidente rapidamente. Mas daí a fazer uma sanção sobre o Paraguai vai uma distância grande… Mais delicada ainda é a aceitação da Venezuela, independentemente de valer a pena ou não, sem que o Paraguai esteja”.

As declarações de FHC devem ter agradado os falcões do império e os golpistas do Paraguai. Elas foram dadas no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou relatório concluindo que a deposição de Lugo se deu “estritamente conforme o procedimento constitucional”. Como se observa, os serviçais do império não morrem de amores pela democracia!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Trinta anos sem Jackson do Pandeiro, o rei do ritmo


Há exatos 30 anos silenciavam a voz e o instrumento do artista que ganhou o apelido de Rei do Ritmo. Nascido em Alagoa Grande, na Paraíba, Jackson do Pandeiro trocou Campina Grande e João Pessoa pelo Recife, para crescer na carreira artística. No início dos anos 1950, veio a estreia numa rádio pernambucana e o que seria seu primeiro sucesso, o  coco Sebastiana (aquele do "A, E, I, O U, Ypisilone"), composto por Rosil Cavalcanti, com quem Jackson montou uma dupla.




Jackson do Pandeiro é considerado não só o artista de recursos vocais sofisticados, de jeito alegre e malandro, mas o maior ritmista do país. Junto com o pernambucano Luiz Gonzaga, cantou a realidade do povo pobre do Nordeste e foi, nas décadas de 50 e 60 do século passado, um ídolo nacional.

Jackson do Pandeiro fez escola, influenciando artistas e movimentos. Entre os seus inúmeros devotos figuram artistas de épocas e estéticas as mais diversas, como Gilberto Gil e Alceu Valença, João Bosco e Zé Ramalho, Chico Buarque e Lenine, Raul Seixas e Gabriel, o pensador.

No princípio, queria ser sanfoneiro. Mas a sanfona era um instrumento caro, e sendo o pandeiro mais barato, foi esse que recebeu de presente da mãe, Flora Mourão, cantadora de coco, a quem desde cedo o menino ouvia cantar coco, tocando zabumba e ganzá.

Aos 13 anos, com a morte do pai, foi com a mãe e os irmãos morar em Campina Grande, onde começou a trabalhar como entregador de pão, engraxate e fazendo pequenos serviços. Na feira de Campina, assistia aos emboladores de coco e cantadores de viola. Ia muito ao cinema e tomou gosto pelos filmes de faroeste, admirando muito o ator Jack Perry. Nas brincadeiras de mocinho e bandido com os outros garotos, José transformava-se em Jack, nome pelo qual passou a ser conhecido.

Aos dezessete anos, largou o trabalho na padaria para ser baterista no Clube Ipiranga. Em 1939, já formava dupla com José Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda. Era Jack do Pandeiro. 

Deputados insistem na defesa de 10% do PIB para a educação


Deputados e representantes de entidades da sociedade civil pediram nesta terça-feira (10) a aprovação do investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em políticas de educação. A meta, a ser concretizada em até 10 anos, foi aprovada pela Câmara no último mês de junho durante a tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está sendo analisado no Senado.


As declarações foram feitas durante sessão solene na Câmara dos Deputados, em comemoração aos 80 anos do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Datado de 1932, o documento defende uma escola gratuita, universal, laica e obrigatória, ao contrário do ensino preponderante, elitista e ligado à Igreja.

“Com os 10%, teremos novos horizontes. Um país que quer de fato ser soberano, independente, precisa investir em educação, na perspectiva de futuro de seus jovens, na produção de tecnologia e na remuneração de seus professores”, disse a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Outro desafio, segundo Alice Portugal, que também requereu a sessão, é a valorização do salário dos professores. “Já naquela época dizia-se que educação não é um bem da elite, mas um bem de todos. Os 80 anos dos pioneiros comemorados hoje são 80 anos das mesmas bandeiras”, afirmou.

Para a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), “a garantia dos 10% simboliza a prioridade efetiva da educação no país, que é o único meio de garantir a verdadeira cidadania à nossa população”. Já o deputado Newton Lima (PT-SP), presidente da Comissão de Educação e Cultura, afirmou que “aplicar em educação é permitir que o Brasil encontre seu espaço entre as principais economias do mundo, com sustentabilidade e igualdade social”.

Nova escola

O manifesto foi assinado na época por 26 intelectuais, entre Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles. Na Nova Escola, que se opunha à chamada escola tradicional, não haveria distinção de classes sociais entre os alunos, que frequentariam as salas de aula desde a educação infantil até a universidade.

“Esse é um brilhante documento, que serve de inspiração para pautar nossa atuação política na construção de uma realidade cada vez mais digna e honrosa, direcionado ao desenvolvimento e à igualdade social”, analisou o presidente da Câmara, Marco Maia, em pronunciamento lido pelo deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), que presidiu a sessão solene.

O reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Souza, destacou o momento histórico de assinatura do documento, que, segundo ele, “representa a passagem de um país oligárquico, censitário para os primórdios da modernidade e de cidadania”. O representante da Fundação Anísio Teixeira, professor João Augusto de Lima, acrescentou: “Esse não é só um documento datado, é um programa contínuo de trabalho bem elaborado que deve balizar nossas políticas educacionais até o dia de hoje”.

Apostando na aprovação

Para resolver os desafios, os participantes da sessão apostam na aprovação dos 10% do PIB em educação no Senado e na sanção da meta pela presidenta Dilma Rousseff. “Esse não é um número aleatório”, afirmou o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, “seriam necessários exatamente 10,38% do PIB para garantir as mudanças na educação que todos querem”.

Para o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), as verbas aplicadas em educação não deveriam ser consideradas gastos, mas sim investimentos: “A educação é único jeito de termos uma sociedade mais justa e fraterna”. “Os 10% traduzem em termos efetivos a importância estratégica da educação”, acrescentou o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Sérgio Mamberti.

Mauro Benevides também espera a sanção dos 10%: “Esperamos que a presidenta assine essa que é a vontade da Câmara dos Deputados, que representa aqui a nossa população. A educação é o único meio para a autonomia das pessoas e é isso que esperamos com a ampliação das verbas do setor”.

Da Redação de Brasília
Com Agência Câmara

terça-feira, 10 de julho de 2012

Curso Estadual de Formação Política - UJS / AESP


Galera da UJS PB e da AESP,nos dias 13,14,15 de Julho em TAPEROÁ - PB VAI ROLAR CURSO DE FORMAÇÃO E REUNIÃO DA DIREÇÃO DAS DUAS ENTIDADES, ESTEJÃO DESDE JÁ TODOS CONVIDADOS.

INFORMAÇÕES LIGUEM:8766-4487,88399830,8898-5418,96212891,99341889.
 Falem com Marcelo Lima Bernardo,Igor Rodrigues,Mailson Lima.

Novas bases, velhos interesses


As expectativas de novas relações entre Estados Unidos e América Latina continuam cada vez mais distantes. Movimentações recentes, com vistas à instalação de novas bases militares, revelam a tentativa estadunidense de aumentar sua influencia na região.
Em 5 de abril, foram concluídas no Chile as obras do Centro de Treinamento de Pessoal para Operações de Paz em Zonas Urbanas. Localizada em Forte Aguayo, em Concón, na região de Valparaíso, a base foi construída em 60 dias, tempo considerado recorde para um projeto do tipo.
A estrutura é composta por oito edifícios, que simulam uma pequena cidade. O custo da base, financiado pelo Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, foi de quase 500 mil dólares. O centro será destinado ao treinamento das chamadas Forças de Paz das nações latino- americanas que integram missões das Nações Unidas.

Ativistas reforçam necessidade de uma política em saúde para a população negra


O último dia do fórum Enfrentando o Racismo Institucional para Promover a Saúde Integral da População Negra no SUS discutiu a atuação do governo e da sociedade civil para a garantia da saúde desta população. 

A ativista Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola, pediu mais atuação dos movimentos sociais em defesa dos afro-descendentes. “Além disso, o governo deve reconhecer que há um sistema desigual e que o racismo é praticado sim no sistema de saúde”, disse.
Carmen Hein Campos, do Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), lembrou o caso de Aline Pimentel, jovem que morreu em 2002 após passar horas esperando pelo parto induzido e pelas cirurgias subsequentes. “Este episódio foi emblemático e demonstra como o racismo acontece no dia-a-dia”, comentou.
Lúcia enfatizou que o caso de Aline Pimentel não é exceção no País e que somente uma mudança de política pode alterar a situação atual. “Não adianta trocar o funcionário por outro igual. É preciso trocar uma política que todo dia deixa uma população morrer”.
Para ela, é essencial incluir o racismo como principal impedimento para a população negra em seu cotidiano. Lucia acredita que a política pública atual cumpre em parte seu papel, mas ainda deixa lacunas na efetivação dos direitos dos afro-descendentes. “Sem o reconhecimento é impossível reivindicar direitos e fazer acontecer. Ainda não há investimento no fortalecimento da participação dos movimentos sociais por parte do governo. O enfrentamento ao racismo institucional ainda é a nossa pedra no sapato”, comentou.
Reginaldo Alves das Chagas, do Departamento de Apoio e Gestão Participativa do Ministério da Saúde, também reforçou a importância da participação social para “aproximar o SUS que está nas leis e do SUS da realidade.”
O evento
O fórum Enfrentando o Racismo Institucional para Promover a Saúde Integral da População Negra no SUS aconteceu entre os dias 03 e 04 de julho em Brasília, com apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ministério da Saúde e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
Fonte: Racismo Ambiental

domingo, 8 de julho de 2012

Marighella, o filme


A estreia de Marighella está prevista para outubro; uma parcela importante da história republicana e da luta dos brasileiros contra a opressão e pelo socialismo vai ser narrada contando a vida deste grande dirigente comunista.

 Por José Carlos Ruy


Marighella (à dir.) com a sobrinha Isa no ombro, ao lado de Clara Charf e do resto da família Grinspum em 1962
Carlos Marighella é um herói do povo brasileiro. Começou sua atividade de revolucionário ainda como estudante secundarista, na Bahia da década de 1930. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) em 1934, dirigiu a Aliança Nacional Libertadora (ANL) na Bahia em 1935, foi preso e torturado em 1936 e depois em 1939, só saindo da cadeia em 1945. Dirigente do PCB, foi um dos 14 deputados constituintes do partido eleitos naquele ano, tendo uma atuação destacada na Assembleia Nacional Constituinte.

 Baiano da Baixada do Sapateiro, em Salvador, filho de um imigrante italiano e de uma negra descendente de escravos hauças, foi um homem de múltiplos talentos - político, poeta, teórico marxista, dirigente guerrilheiro na década de 1960. Seu nome tornou-se uma lenda e a ditadura militar de 1964 o considerou seu inimigo número 1.

 Rompeu com o reformismo do PCB (Partido Comunista Brasileiro) em 1967, organizou a Ação Libertadora Nacional (ALN) para a resistência armada contra a ditadura e foi autor do célebre Manual do Guerrilheiro Urbano, traduzido mundo afora. Não tinha completado 60 anos de idade quando foi assassinado na alameda Casabranca, em São Paulo, em 4 de novembro de 1969, em uma emboscada da repressão política da ditadura, dirigida pelo torturador e assassino político Sérgio Fleury.

Projeto eleitoral do PCdoB: ousado, desafiador e competitivo




A construção do nosso projeto eleitoral compõe um conjunto de tarefas nacionais fundamentais deste ano, que se junta à Comemoração dos 90 anos do PCdoB, na qual atingimos significativos êxitos. E também, da construção partidária nos termos do 7º Encontro Nacional sobre a Questão de Partido. Chegamos à participação organizada em 2100 municípios, e alcançamos, em abril, cerca de 357 mil filiados.

 Consciente da envergadura do pleito de 2012, o PCdoB tem se empenhado para elevar sua participação nesta disputa. Já no ano passado o Partido iniciou a montagem e realização de seu projeto para a campanha que vai se iniciar. Com o atual projeto, dá seguimento a um objetivo que persegue, desde 2006, como uma de suas prioridades: lançar candidaturas majoritárias e chapas próprias às câmaras municipais, e onde isso não for possível apoiar candidatos da base aliada do governo federal e realizar coligações proporcionais.

 O PCdoB vem fazendo um grande esforço para que essa ação seja regida pela sua linha política nacional. Não tão simples, num país continental como o Brasil, de realidades municipais muito próprias nas quais as legendas política, muitas das vezes, não guardam coerência com seu posicionamento nacional.