segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Manuela d´Ávila: Qual Juventude? Que Juventude?

Relatora do recém aprovado Estatuto da Juventude fala sobre as polêmicas levantadas pela mídia. Saiba um pouco mais do que diz respeito à toda juventude brasileira.

Por Manuela d´Ávila

- De onde surgiu esse relatório?
O projeto aprovado tramita a sete anos na Câmara. Foi objeto de duas comissões especiais. Ambas foram presididas pelo deputado Tucano Lobbe Neto e relatas pelo deputado Reginaldo Lopes e depois por mim. Esse relatório foi construído por mais de vinte deputados e contou com a maior participação popular da história (com base no portal edemocracia). Depois disso, o Plenário da câmara aprovou por unanimidade. Ou seja, todos os deputados concordaram. Não existe o relatório da Manuela. Ele é da Câmara.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

UNE lança abaixo-assinado “EDUCAÇÃO 10″ para recolher milhões de assinaturas

Faça parte de uma das maiores campanhas em defesa da educação pública já promovida no Brasil

A UNE espera realizar, nos próximos meses, a maior campanha em defesa da educação já promovida no Brasil. A mobilização é pela aprovação dos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal como recursos a serem investidos exclusivamente nesse setor. Todo esse dinheiro deverá ser destinado para erradicar o analfabetismo, melhorar da estrutura das escolas, pagamento de salário digno aos professores, excelência do ensino público na periferia das cidades e nas zonas rurais de todos os municípios, além da ampliação do acesso e da qualidade nas universidades para todas e todos.

A campanha tem o nome #educação10 e contará com um abaixo assinado que, de acordo com as expectativas da UNE, reunirá milhões de assinaturas. “Há na sociedade brasileira, atualmente, um enorme consenso da necessidade de aumentar significativamente os investimentos em educação”, destaca o presidente da entidade Daniel Iliescu.

Os dois objetivos da campanha poderão ser alcançados ainda esse ano. Nos próximos meses, o Congresso deverá votar o projeto do Plano Nacional de Educação (PNE) do governo federal, que propõe a ampliação dos investimentos no setor para 7% do PIB até 2020, o que não é, definitivamente, suficiente. A UNE defende que o texto seja refeito e garanta o investimento de 10% na educação do Brasil até 2014.

Urgente também é a aprovação do PLS 138/2011, em tramitação no Congresso, que garante 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação. O Fundo Social, criado em 2010, tem o objetivo de garantir que os recursos dessa riqueza natural sejam revertidos com finalidades sociais. A UNE tem certeza que a educação precisa ser, prioritariamente, alvo desses recursos.

Investir na educação pública é a única forma de realmente superar os problemas mais urgentes do Brasil.

Faça parte deste movimento.

Assine e divulgue
Para assinar online:http://bit.ly/qKyh4V
Baixe AQUI a ficha do abaixo-assinado em jpg.

Baixe aqui a ficha o abaixo-assinado em pdf.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O maior massacre da história da humanidade

12 de outubro marca o início dos maiores massacres da história da humanidade. A chegada dos colonizadores, invadindo e ocupando o nosso continente – ate aí chamado Aby ayala pelas populações indígenas -, representava a chegada do capitalismo, com o despojo das riquezas naturais dos nossos países, da destruição das populações indígenas e a introdução da pior das selvagerias: a escravidão. Chegaram com a espada e a cruz, para dominar e oprimir, para impor seu poder militar e tentar impor sua religião.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Histórias que marcam os 30 anos rebeldes de reconstrução da Ubes




Este vídeo rememora os 30 anos que se sucederam no Brasil após a reconstrução da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a UBES, em 1981. Em destaque, o "Fora Collor", momento auge da trajetória desses meninos e meninas, que seguem até os dias de hoje irradiando as aspirações das novas gerações de brasileiros.

Aconteceu em 1973 - Dia do Honestino Guimarães

1973 - Dia do Honestino
O líder estudantil brasiliense Honestino Guimarães, 26 anos, pres. da UNE, jurado de morte pelos órgãos repressivos, é preso no Rio e desaparece. Nos anos seguintes torna-se, ao lado de Édson Luís, o símbolo da resistência estudantil à ditadura.
Honestino

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Veja como estudar a 15 dias do Enem, que irá acontecer nos dias 22 e 23 de outubro


Daqui a exatos 15 dias começa a edição 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com um recorde de inscritos: 5,4 milhões. Desde que passou a ser usada como critério de seleção de diversas universidades, além de ser requisito para programas como o Sisu e o Prouni, a prova se tornou o maior vestibular do país.

Após 3 anos da lei, 6 Estados ainda não pagam piso a professores


A lei 11.738, sancionada em julho de 2008 que estabelece o piso nacional para os professores da educação básica, ainda não é cumprida em seis Estados brasileiros. Após a contestação da constitucionalidade da lei por governadores, o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou acórdão em agosto deste ano confirmando a validade do piso como vencimento básico. Apesar disso, para os professores de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Pará e Amapá, receber o mínimo de R$ 1.187 ainda parece ser uma realidade distante.
DO PORTAL TERRA
De acordo com levantamento exclusivo do Terra com as secretarias de Educação, os Estados alegam falta de recursos financeiros como principal entrave para garantir o piso da categoria. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) ingressou com ação direta de inconstitucionalidade para não pagar o piso em 2008. No cargo desde janeiro de 2011, o atual governador, Tarso Genro (PT), reafirmou que o Estado não tem condições de arcar imediatamente com o impacto da medida – estimado em R$ 1,7 bilhão por ano – e protocolou pedido ao STF para que a lei possa ser cumprida até 2014.
O governo do RS, que paga R$ 862,80 para uma jornada de 40 horas, diz que o reajuste será pago gradativamente aos 160 mil docentes até o fim de 2014. “O impacto para as contas públicas é muito elevado, mas nós reconhecemos o piso e o governador assumiu o compromisso de, até o final de sua gestão, honrar com o pagamento”, diz José Tadeu de Almeida, diretor-geral adjunto da secretaria de Educação.
Os professores têm realizado manifestações para pressionar pelo cumprimento imediato da lei, e o sindicato local (Cpers) e o Ministério Público já entraram com ações na Justiça contra o governo. A possibilidade de greve, contudo, foi rejeitada em assembleia da categoria.
Em outros Estados, porém, a paralisação das atividades foi a única forma encontrada para pressionar os governantes. Em Minas Gerais, os docentes retomaram as aulas apenas em 29 de setembro, após 112 dias de greve – marcados, no final, por cenas dramáticas de dois professores que fizeram greve de fome.
Em Minas, um professor de nível médio com carga horária de 24 horas semanais recebe R$ 369 como vencimento básico, um dos salários mais baixos do País. Para estar enquadrado na lei do piso, o Estado deveria pagar R$ 712,20 para esta jornada. Após os protestos e longas negociações, no entanto, o governo decidiu que vai pagar o piso, mas somente a partir de janeiro de 2012.
Em nota, a secretaria de Educação informou que o Estado criou um sistema que engloba subsídios ao vencimento básico e, desta forma, o salário do professor sobe para R$ 1.122 na jornada de 24 horas. Contudo, este sistema é facultativo e os professores enquadrados no modelo remuneratório antigo não recebem os benefícios. “Os profissionais da Educação que optarem por permanecer no modelo remuneratório antigo terão um piso de R$ 712,20 a partir de janeiro de 2012, já que a Lei Federal, em seu parágrafo terceiro, determina a proporcionalidade, de acordo com as jornadas de trabalho”, diz o comunicado.
‘Desrespeito à lei’
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, afirma que os governadores desrespeitam a lei ao não garantirem o pagamento do piso. “Nós estamos assistindo a um desrespeito escandaloso da lei, justamente de quem mais deveria segui-la, que são os prefeitos e os governadores”, afirma.
Leão vai além. Para ele, o valor do piso real é diferente do valor estipulado pelo Ministério da Educação, devendo ficar em R$ 1.597. De acordo com ele, isso se deve a uma interpretação diferente da lei feita pelo MEC. “Nós seguimos exatamente o que diz a lei, que o reajuste deve ser feito pelo percentual do custo do aluno no Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). O MEC não tem usado esse critério, porque faz uma média dos dois últimos anos de reajuste”, afirma. Segundo o presidente da CNTE, os dados também divergem porque o governo não considera o reajuste entre os anos de 2008 e 2009.
Apesar das divergências nos números, Leão considera mais importante punir os governantes que não cumprem com a lei. “O apelo que a gente faz ao governo federal é que impeça esses gestores de assinar convênios e receber verbas. Eles dizem que não têm dinheiro, mas tiveram tempo de se adequar à nova regra e não fizeram porque não quiseram”, completa.
Falta de recursos
De acordo com o MEC, Estados e municípios podem pedir uma verba complementar para estender o piso nacional a todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas. Embora a portaria que aprova a complementação dos recursos tenha sido publicada em março, até o final de setembro nenhum Estado ou município havia cumprido com todos os requisitos para receber o dinheiro.
Nesta situação está o governo de Goiás, que já solicitou ao MEC ajuda para complementar o valor necessário e aguarda o posicionamento do órgão. De acordo a secretaria de Educação, para cumprir com o pagamento do piso, o Estado vai precisar de um acréscimo de 100% do orçamento destinado à educação. Em Goiás, um professor ganha R$ 1.006 para uma jornada de 40 horas, R$ 181 abaixo do piso nacional.
O Pará, que paga R$ 1.121,34 para uma jornada de 40 horas, também aguarda recursos do governo federal para se enquadrar à lei. Segundo a secretaria de Educação, o Estado foi o primeiro a protocolar o pedido de ajuda no MEC. Embora ainda não tenha recebido o recurso, o governo afirma que decidiu pagar 30% da diferença entre o salário e o piso para chegar mais próximo do valor.
Já no Amapá, que paga R$ 1.032 para os professores que trabalham 40 horas, não há previsão de quando o piso deve ser alcançado. Segundo a secretaria de Educação, a meta é incorporar a regência de classe (benefício de 100% pago aos professores que trabalham em sala de aula) ao salário.
No Maranhão, a secretaria de Educação não divulgou o valor do vencimento básico. Segundo o órgão, a remuneração mensal é de R$ 1.631,69 para uma carga horária de 20 horas e é constituída de vencimento básico acrescido da Gratificação de Atividade do Magistério (GAM). De acordo com o sindicato dos professores, o básico da categoria é de R$ 427,49. Ainda segundo a secretaria de Educação, o governo irá cumprir o piso salarial como vencimento básico, mas não informou se há prazo para que entre em vigor.

sábado, 8 de outubro de 2011

Quarenta e quatro anos se passaram e Che Guevara ainda Vive

Dia 8 de outubro marca aniversário da morte do ícone da rebeldia e da revolução da América Latina.
Homem de personalidade forte, orador inteligente, hábil estrategista e, acima de tudo, extremamente voluntarioso e decidido. Não se adaptou à burocracia castrista e, em 1965, deixou o cargo de ministro da Economia de Cuba porque "outros países do mundo clamavam por revoluções". Na Bolívia isolado em território desconhecido e sem apoio do partido comunista local, foi perseguido pelo exército e levado para o povoado de La Higuera, onde foi assassinado no dia seguinte.
Depois de intenso tiroteio, com sua arma avariada e com a perna ferida por uma bala, Che Guevara rendeu-se. Naquelas alturas a aparência dele era assustadora. Parecia um mendigo, magro, sujo e esfarrapado. Levaram-no para um casebre em La Higuera que servia como escola rural. Lá, ele tinha a companhia dos cadáveres de dois jovens guerrilheiros cubanos, com quem passou sua última noite.
Foi interrogado pelo tenente André Selich, quem arrancou de Che a frase "eu fracassei, está tudo terminado e é por essa razão que me vê neste estado". Depois de muitas tentativas de interrogatório também do Coronel Joaquin Zenteno Anaya e do agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, chega então pelo rádio, ao meio-dia e meia, a ordem final do general René Barrientos, do alto comando boliviano de La Paz, que segundo Selich era "proceder a eliminação do Senhor Guevara".
Apesar de nenhum deles concordarem com a execução, pois Che valia muito mais vivo do que morto, para o expor derrotado e exigir de Cuba uma indenização para cobrir os gastos deixados pelas guerrilhas e colaborar com os familiares de bolivianos mortos. Mas, a ordem teve de ser cumprida. Mário Terán o homen que executou Che disse que as últimas palavras dele foram " É melhor assim (...). Eu nunca deveria ter sido capturado vivo."
A única ordem dada a Terán sobre a execução foi de livrar o rosto e que só atirasse do pescoço para baixo. Terán puxou o gatilho e atirou nos braços e nas pernas e enquanto Che se contorcia de dor e mordia os pulsos na tentativa de evitar gritar, uma outra rajada foi disparada. A bala fatal penetrou no tórax de Che, eram 13h10, quando Rodriguez olhou no relógio ao ouvir o último disparo. Che morre no dia 09 de outubro de 1967 aos 39 anos de idade, com 11 tiros.
Che foi jogado no concreto de uma lavanderia com a cabeça apoiada na pia e os olhos abertos. Dois dias depois jogaram seu corpo com as mãos decapitadas numa cova secreta próximo a Vallegrande. Ele e mais sete outros foram enterrados nesse lugar num segredo que duraria quase três décadas. O exército boliviano temia que se o sepultassem seu túmulo virasse centro turístico devido à fama que Guevara tinha na América Latina.
Desde então, o dia 8 de outubro é o "Dia do Guerrilheiro Heróico" na ilha de Cuba, durante o qual são prestadas homenagens a Che Guevara.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Com grande participação da UJS,Câmara aprova Estatuto da juventude.


Estatuto traz direitos a jovens de 15 a 29 anos e vai à votação no Senado.

Câmara aprova estatuto que inclui meia-entrada na legislação federal,Atualmente, não há legislação federal sobre o tema, apenas leis estaduais.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (5) o Estatuto da Juventude, que define um conjunto de direitos específicos para jovens entre 15 e 29 anos. Entre as medidas, o texto garante a jovens estudantes o direito à meia-entrada em eventos artísticos e de entretenimento e lazer em todo o território nacional. Hoje, a meia-entrada é regulamentada por legislações estaduais.

De acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), embora muitos estados já tenham regulamentações, uma lei federal sobre o tema vai garantir a cumprimento da regra em todo país e facilitar o acesso dos estudantes aos eventos.

Segundo a relatora do projeto do estatuto, a deputada federal Manuela d’Ávila (PC do B-RS), a meia-entrada também valerá para eventos esportivos. Ela não confirmou, entretanto, se a meia-entrada para estudantes terá validade durante a realização da Copa do Mundo no Brasil. Para a deputada, esta questão será tratada na Lei Geral da Copa. O texto da Lei Geral estipula que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) defina os valores dos ingressos que serão cobrados nos jogos do Mundial.

“Eu e o ministro [do Esporte] Orlando Silva somos a favor da meia-entrada. Se o governo quiser restringir, será para o período da Copa”, disse a deputada.

Na semana passada, Orlando Silva, afirmou que a decisão sobre a cobrança de meia-entrada em jogos da Copa de 2014 será discutida entre a Fifa e os governos estaduais, uma vez que não há lei federal que conceda o direito.

"Não tem lei nacional que verse sobre meia-entrada. De outro lado, há leis estaduais. Mas o Congresso do Brasil intervir em leis estaduais poderia criar crise institucional. A questão da meia-entrada não tem aspecto federal e será trabalhada nos estados. A única lei federal sobre meia-entrada é para idosos."

Orientação sexual

O projeto do Estatuto da Juventude deveria ser votado na noite desta terça (4), mas, por pressão da bancada evangélica, foi aprovado somente nesta tarde após acordo com a relatora para modificar o texto. Para virar lei, o estatuto ainda depende de aprovação do Senado.

A bancada evangélica posicionou-se contra a parte do texto que trata dos direitos relacionados à igualdade na orientação sexual e da inclusão de temas relacionados à sexualidade nos currículos escolares.

Para conseguir o apoio da bancada evangélica, a deputada Manuela d’Ávila acrescentou no texto que a inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos curriculares deve respeitar “a diversidade de valores e crenças”.

Sobre a capacitação dos professores dos ensinos fundamental e médio para tratar de questões sobre o enfrentamento à discriminação de gênero e de opção sexual, o texto tornou-se mais genérico, ao determinar “o enfrentamento de todas as formas de discriminação”.

Para Manuela, as mudanças de redação não prejudicaram o texto, que segundo ela, garante ao jovem não ser discriminado por sua orientação sexual.



Fonte: UJS / G1

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Carta de Agradecimento da chapa Arrastando Toda a Massa a todos os estudantes do Estadual da Prata

Vemos através desta carta, agradecer a todos os estudantes do Estadual da Prata que participaram do processo de escolha de seus representantes para o 39º CONUBES, aos que em suas salas de aula debateram nossas propostas, que nos apoiaram chamando seus colegas a nos dar um voto de confiança e no dia da eleição foram votar com o nosso adesivo no peito. 

O resultado geral foi 354 votos"Arrastando toda a Massa" e 282 votos para a Oposição, porém nossa maior vitória foi que mostramos que nossa chapa era legítima e tinha proposta, e apesar das calunias feitas pela Oposição, que precisou de ajuda de pessoas de forra do colégio para fazer campanha, agitamos os quatro cantos da escola, demos as caras e mostramos que o movimento estudantil está presente em nossa escola. 

Agradecemos também aos que votaram na chapa opositora, afinal isso faz parte de uma democracia, fiquem cientes que não iremos representar apenas quem votou na nossa chapa, mas sim todos os estudantes do Estadual da Prata, e no congresso iremos debater o melhor para a nossa educação, os 10% do PIB para a Educação, 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação, Salários dignos para os Professores, Ampliação do acesso à Universidade, etc. 

Fica aqui só um ponto negativo da campanha, que foi a participação de pessoas de fora da escola na campanha em sala de aula, onde os mesmos nos caluniaram, fazendo uma campanha baixa e sem mostrar quais eram os estudantes da escola que estavam disputando as eleições. 

Nos despedimos com a certeza de ter cumprido o primeiro passo de muitos, pois isso só foi o começo, teremos mais luta e organização estudantil, agora está na ordem do dia, organizar um GRÊMIO ESTUDANTIL forte e de Luta!!!

Vitoria da Chapa "Arrastando toda a Massa" no Estadual da Prata.


No último dia 28 (quinta-feira) ocorreram as eleições de representantes para o 39º Conubes do Colégio Estadual da Prata, e a chapa “Arrastando toda a Massa”, composta por membros da UJS e simpatizantes, conseguiu ter maioria dos votos. No total o resultado foi 354 votos para a chapa “Arrastando Toda a Massa” e 282 para a Oposição.

Para os membros da chapa o mais importante não foi a vitória, e sim o debate em sala de aula, segundo Nicholas,“mostramos que nossa chapa era legítima e tinha proposta, e apesar das calunias feitas pela Oposição, que precisou de ajuda de pessoas de forra do colégio para fazer campanha, agitamos os quatro cantos da escola, demos as caras e mostramos que o movimento estudantil está presente em nossa escola”.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Emir Sader: A crise da direita latino-americana

A direita latino-americana vive o pior momento da sua história na América Latina. Uma situação correlata à expansão, inédita, de tantos governos progressistas na região e do isolamento dos EUA no continente.

Por Emir Sader*, em seu blog

O momento de maior força da direita residiu no auge dos governos neoliberais, porque ali forças de origens distintas adotavam o receituário do FMI e do Banco Mundial, confluindo para um consenso continental inédito em torno das políticas predominantes no campo da direita em escala internacional. 

Poder dispor no campo da direita de partidos conservadores, mas também de forças como o PRI e o PAN no Mexico, o PS e a DC no Chile, Copei e AD na Venezuela, o peronismo na Argentina – para dar alguns exemplos eloquentes – revelava uma capacidade de hegemonia do seu projeto, que nunca a direita havia disposto anteriormente.

Foi um período relativamente breve, mas significativo. Permitiu a cooptação de partidos até então situados no campo da esquerda – nacionalistas, social democratas – e a apresentação de uma proposta de nível continental – as políticas e as áreas de livre comércio, expressas na Nafta e na Alca -, articulando os EUA e o conjunto do continente. Além disso, rearticulava a America Latina com o modelo hegemônico mundial, através da direita, reagrupando forças de origens distintas no campo político e ideológico.

Bastou esgotar-se o modelo hegemônico na América Latina, para que esse castelo de cartas se desmoronasse e promovesse uma imensa crise de identidade dos partidos que haviam participado do bloco neoliberal, incluídos os tradicionais da direita e os que tinham se somado àquele modelo desde outras origens.

Passada uma década de existência de governos progressistas em um grande número de países do continente - Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador, Paraguai, Nicarágua, El Salvador, Peru -, a situação da direita - e, de forma correlata, dos EUA na América Latina, - se alterou radicalmente.

As forças que puseram em prática políticas neoliberais pagaram o preço do caráter antissocial dessas políticas e do seu esgotamento precoce. Menen, Fujimori, FHC, Carlos Andres Perez, Salinas de Gortari saíram da presidência repudiados e derrotados politicamente, se tornaram os símbolos de de ex-presidentes antipopulares (Menem, Fujimori, Carlos Andres Perez chegaram a ir para a prisão, Salinas de Gortari fugiu do Mexico para escapar desse destino.) 

Seus partidos e forças aliadas pagaram o preço caro dessa aventura: o peronismo teve que ser resgatado pelos Kirchner com política radicalmente oposta à de Menem. AD e Copei praticamente desapareceram como partidos na Venezuela. O PRI mexicano foi derrotado, pela primeira vez, em 70 anos e perdeu a Presidência; depois de 2 mandatos de continuidade com essas políticas, deve suceder o mesmo com o PAN. Fujimori nao conseguiu eleger sucessor, nem construir uma força política própria. O PSDB foi derrotado nas 3 eleições presidenciais seguintes aos 2 mandatos de FHC.

Frente a governos que colocaram em prática políticas de saída e ruptura com o modelo neoliberal, as forças que tinham encarnado esse modelo ficaram descolocadas. O espectro político foi amplamente ocupado por coalizões em países como a Argentina, o Brasil, o Uruguai, com políticas e alianças de centro-esquerda, não deixando espaço para as forças neoliberais. 

Estas ficaram diante do dilema de seguir defendendo políticas que haviam fracassado ou tentar alegar que seus governos prepararam as condições para o protagonismo das políticas sociais nos governos que os sucederam, o que, além de tese muito discutível, não impede que os governos que colocam em prática essas politicas populares sejam os que os derrotaram e personificam a democratização social.

Na Venezuela, na Bolívia, no Equador, as transformações radicais que os novos governos levaram à prática conquistaram grande apoio popular, isolando e derrotando as forças que as tinham antecedido no governo.

Como resultado, as forças de direita ou da neo-direita foram derrotadas sucessivamente ao longo de toda a década desde o primeiro triunfo de Hugo Chávez. Os presidentes pós-neoliberais se reelegeram e, no caso da Argentina, do Uruguai e do Brasil, elegeram sucessores, enquanto a oposição, desorientada, ou se divide – como na Argentina, na Venezuela – ou não consegue obter apoios contra os governos.

Ao mesmo tempo, a tese norte-americana da ALCA foi derrotada já no começo da década, quando a presidência do projeto, cabendo aos EUA e ao Brasil, foi combatida por este, apoiado nas grandes mobilizações populares ao longo da década anterior e no sentimento que foi se tornando majoritário, a favor dos processos de integração regional e não dos Tratados de Livre Comércio com os EUA.

Os EUA mantiveram o México e a Colômbia como aliados privilegiados, além de governos centro-americanos. Mais recentemente perdeu os apoios na Nicarágua e em El Salvador, além do Peru e da mudança gradual de posição da Colômbia. Mesmo a vitória da direita no Chile está neutralizada pela perda acelerada de popularidade de Piñera.

Paralelamente, ocupando os espaços conquistados, constituiram-se a Unasul, o Conselho Sulamericano de Defesa, o Banco do Sul, consolidando a hegemonia dos projetos de integração regional – e de alianças com o Sul do mundo – e o isolamento dos Tratados de Livre Comércio com os EUA. A crise de 2008 e seu retorno neste ano confirmaram as vantagens dessa políticas e das alianças com a China, ao invés das alianças privilegiadas com a estagnada economia norte-americana.

Diante dessas derrotas e isolamento, a direita busca ainda novo perfil. As derrotas que sofreram recentemente no Uruguai, no Brasil, no Peru, em El Salvador, as que devem sofrer na Argentina, na Nicarágua, na Venezuela, prolongam por toda a segunda década do século XXI essa derrota.

Cabe aos governos progressistas valer-se desses reveses para aprofundar os projetos pós-neoliberais, com a consciência que a direita se travestiu de órgãos da mídia monopolista e que os eixos estruturais da direita – capital financeiro, empresas do agronegócio, empresas da mídia privada, que personificam a ditadura do dinheiro, da terra e da palavra – seguem com muito poder, como alvos estruturais das mudanças que a luta pela superação do neoliberalismo e pela construção de sociedades democráticas, igualitárias, humanistas, requer.