sábado, 14 de maio de 2011

Uma comunicação de massas para uma organização do tamanho de nossas ideias

Este texto foi apresentado originalmente na ultima reunião da Comissão Diretora Nacional da UJS, reproduzo aqui em forma de artigo para que possamos ampliar esse debate com toda a militância e, dessa maneira, levarmos uma proposta equilibrada dos desafios da nossa comunicação à direção nacional.

Para que se construa uma organização poderosa, que fale para milhões, com autoridade política – autoridade conquistada na luta – torna-se imperativo fincarmos nosso exército em todos os fronts de batalha. A comunicação, sobretudo via internet, tornou-se a ferramenta ancilar fundamental da juventude. A luta se dá na vida real, na vida concreta, mas a internet – já que os meios tradicionais de comunicação são de monopólio do grande capital – é seu grande megafone, é no casamento dialético da luta política com a comunicação de massas que faremos uma UJS “do tamanho de nossas idéias”.

PNBL

O acesso a internet de alta velocidade é o exemplo cabal do fracasso do projeto de privatizações na era FHC, pois nenhuma empresa de telefonia esteve impedida de levar a banda larga para todo país. No entanto, esse esforço exigiria investimento, coisa anômala para o capital estrangeiro, que visa obter o lucro fácil e levá-lo para fora. O governo de Dilma Rousseff tem enfrentado interesses poderosos para resgatar o caráter público deste serviço com a Telebrás e tal processo tem muitos atropelos. A UJS precisa estar de olhos atentos para isso, já que o PNBL proposto pelo governo pode ser muito melhor. Para ficar num exemplo, a Telefônica oferece na Inglaterra um plano de 20Mb ao equivalente de 20 reais, enquanto aqui o plano de 1Mb custa-nos 29,90! O PNBL deve servir para acabar com esse monopólio, portanto a Telebrás não pode se limitar ao papel de fiscal das grandes empresas, mas deve exercer o mesmo papel da Petrobrás, a grande empresa de banda larga em nosso país.

Núcleo de comunicadores da UJS

Dispomos de um número significativo de militantes na frente de comunicação, a maioria desses militantes atuando em blogs próprios  e em diversos debates sobre a democratização dos meios de comunicação. Os encontros de blogueiros são o maior exemplo desta afirmação, pois temos participado ativamente nos eventos regionais. Entretanto, essa atuação se encontra fragmentada, não há mais um núcleo nacional de militantes voltados para esta tarefa. Sendo assim, precisamos reconstituir nossa frente de comunicação, uma frente ampla e heterogênea, cujo núcleo central não volte a se dispersar.

Site da UJS – Rede UJS

Se é verdade que o PNBL será um grande plano de democratização da internet no Brasil, não nos bastará lutar somente por sua implementação, precisamos ser também uma grande referência no mundo virtual para que possamos nos aproveitar da possibilidade de milhões de jovens que terão acesso a internet, jovens sedentos por mais informação, que são e continuarão a ser alvo de disputa entre nós e os barões da comunicação, pois na internet – mesmo com certas diferenças – ainda se mantém a concentração de poder. Não há no Brasil nenhum grande site de juventude de esquerda e, constatada essa demanda, esse vácuo a ser preenchido, a UJS reúne as condições para ocupar tal espaço. Para tanto, precisamos nos desafiar à construção de um novo site, com mais cara e instrumentos de juventude, pois nosso site atual, embora cumpra importante papel, tem limitações muito grandes do ponto de vista técnico e de conteúdo.

Já a Rede UJS nasceu com muito esforço e nos é motivo de orgulho. Temos mais de 44 mil pessoas cadastradas,  porém o grande desafio é como fazer todos esses jovens cadastrados ativem seu perfil e se relacionem dentro de nossa rede por meio de debates, trocando experiências e aguçando a curiosidade daqueles que ainda não se inseriram na rede. Talvez o maior desafio da frente de comunicação da UJS no ano de 2011 sejam esses dois, a saber: a construção de um novo site e a massificação da Rede UJS.

Ismael Cardoso é diretor de comunicação da UJS.

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