Estudantes protestam na reunião da Comissão de Direitos Humanos, que reforça compromisso de investigação do deputado.
Dezenas de estudantes estiveram presentes na reunião da Comissão de Direitos Humanos na última quarta-feira (06), em ato organizado pela UJS e que pediu a cassação de Jair Bolsonaro. Durante o protesto, faixas e cartazes associando as palavras homofóbicas e racistas do deputado ao nazismo foram exibidas, e os participantes cobraram dos parlamentares uma atitude mais dura para punir Bolsonaro.
Ao todo, estiveram na manifestação 22 representações de entidades civis. Segundo o presidente da UBES, Yann Evanovick, “não dá para um país com teoricamente uma democracia plena ter parlamentares preconceituosos, homofóbicos e machistas como o deputado Bolsonaro”. Já a presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS), elogiou o protesto dos estudantes. “Isso significa que a sociedade brasileira está revoltada e que o nosso povo não é alienado”.
Também esteve presente a ministra de Direitos Humanos Maria do Rosário, que afirmou: “se mantivermos a lógica errônea de que posições homofóbicas não apresentam efeitos legais, não teremos um Brasil digno de todos os brasileiros e brasileiras”. A ministra, no entanto, não se pronunciou a respeito de Bolsonaro, já que considera isso uma ruptura nas relações institucionais entre os poderes Executivo e Legislativo.
Vale lembrar que Bolsonaro, membro da Comissão, não esteve presente na reunião. Manuela defende que ele seja afastado e que seu partido indique outro nome para a função. “Há um desconforto notório; basta perguntar para a população brasileira se acha adequado que um deputado que não defende os direitos humanos esteja na Comissão de Direitos Humanos. É contraditório e até irônico”.
Confira abaixo vídeo-reportagem do UOL sobre o protesto:
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