terça-feira, 14 de junho de 2011

EUA financiam grupos de oposição no mundo árabe


O Governo dos Estados Unidos financia a criação de redes sem fio secretas para facilitar as comunicações de grupos oposicionistas e evitar o controle das autoridades em nações como Irã, Síria e Líbia.

Segundo o jornal The New York Times, o Departamento de Estado e o Pentágono gastaram cerca de US$ 50 milhões para criar também uma rede independente de telefonia móvel no Afeganistão, utilizando como suporte torres de bases militares nesse território.

Washington – informou o jornal –- executa atualmente um projeto intitulado "Internet numa mala", mediante o qual, de forma encoberta, fazem entrar equipamentos num país para depois usá-los num sistema de comunicação sem fio com conexões globais à rede de acordo com seus interesses.

A secretária de Estado Hillary Clinton é uma das defensoras da iniciativa, sustenta o jornal.

Em um discurso na Universidade George Washington em fevereiro passado, Clinton disse que a Casa Branca continuará ajudando "os povos que estejam em um ambiente opressivo com relação à internet" com tecnologia para ludibriar a censura.

Agregou então que os protestos no Egito e Irã, alimentados através do Facebook, Twitter e YouTube, refletem o poder das "tecnologias de conexão como um acelerador da mudança política, social e econômica".

Ainda que distante geograficamente, em dezembro de 2009 foi preso em Cuba Alan Gross, um cidadão estadunidense empregado pela empresa Development Alternative Inc (DAI), contratada da Agência para o Desenvolvimento Internacional.

Gross, com experiências de trabalho em países como Afeganistão, tentou introduzir na nação antilhana equipamentos de transmissão via satélites destinados a criar redes de conexão fora do controle governamental, uma ação similar à denunciada agora pelo Times.

Em março, esse agente foi condenado a 15 anos de prisão em Havana pelo delito de Atos contra a Independência e a Integridade Territorial do Estado cubano.

Fonte: Prensa Latina

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