terça-feira, 17 de junho de 2014

Jovens socialistas na luta pela emancipação das mulheres brasileiras


O 9º Congresso da União Brasileira de Mulheres (UBM) escolheu sua nova direção e teve um aumento significativo de participação de jovens mulheres. Com o tema “Mais democracia e poder político para as mulheres e o Brasil avançar” a UBM decidiu apoiar a reeleição da presidenta da Dilma Rousseff e estabeleceu as ações e objetivos para essa nova etapa.
De acordo com a diretora de Jovens Mulheres da UJS e uma das coordenadoras da UBM, Maria das Neves, o crescimento de jovens se mobilizando por meio da luta pela emancipação das mulheres está ligado a essência desse movimento. “Não há nada mais radical que o feminismo, que mudar profundamente as estruturas do patriarcado. Esse sentimento dialoga com as jovens mulheres que foram as ruas em junho, ousaram nas Marchas das Vadias por todo o Brasil, resignificando os estigmas utilizados pelo machismo”, disse.
A atração de mais jovens para o movimento tende a ser, segundo Maria, a principal consequência que as jovens mulheres irão acrescentar. “A UJS tem a ação e acredita que a UBM possui a teoria feminista mais acertada para a juventude. Essa unidade só pode gerar mais jovens feministas em nossas fileiras”, completou.
Para a nova presidenta da UBM, Lúcia Rincon, o crescimento da participação de jovens nesse congresso da UBM é resultado do trabalho da UJS em mobilizar as jovens na sua direção, aumentando o número de dirigentes mulheres. “As jovens socialistas colocam de forma destemida os problemas da juventude e apontam novas soluções e perspectivas de forma combativa e ousada”, destacou.
A capacidade que a juventude tem de expressar as bandeiras de lutas do movimento de mulheres de formas variadas é apontada, para ambas, como um diferencial para o novo período. A ação por meio do movimento hip hop, na redes sociais e em outras vertentes deve ser bastante explorado em função dessa peculiaridade.
As mulheres reforçam a luta pelas reformas democráticas
A sub-representação das mulheres nos espaços de poder e a necessidade de uma Reforma Política democrática foi um dos principais apontamentos debatidos no Congresso da UBM. “A Reforma Política é bandeira central para a UBM e UJS. No próximo período vamos fazer uma grande campanha conjunta para contagiar as jovens mulheres”, declarou Maria.
O destaque a outra reforma estruturante, a democratização dos meios de comunicação, não passou despercebido no Congresso. Segundo Lúcia e Maria, essa é uma luta estratégica em função das concessões públicas de rádio e TV serem utilizados pela mídia privada para reproduzir estereótipos machistas.
Apesar dos avanços nos últimos 12 anos de governos progressistas, o movimento entende que ainda faltam muitas conquistas. “A juventude está nas redes, nas ruas e estará nas urnas construindo um novo Brasil nas próximas eleições. Essa geração não se sente representada por Bolsonaro e Feliciano, por exemplo. E, para disputar a consciência da população construiremos núcleos da UBM nas escolas, universidades, nos bairros e nas fábricas. Devemos estar onde as jovens mulheres estão. Debatendo, mobilizando e conquistando mais coração e mentes para a luta feminista!”, conclui Maria das Neves.

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